Olá, Keyla e colegas!
Achei bastante interessante essa oportunidade que tivemos de comentar a nossa experiência como tutores. Até então, eu não tinha parado para refletir acerca desta atividade que desempenho há quase três anos. O pouquíssimo tempo, as milhões de atividades e outras tantas cobranças em todos os sentidos, acabaram me impedindo de pensar sobre isso. Como a "tarefa de hoje" era escrever sobre as tutorias, fomos obrigados a contabilizar os momentos e recolher nossas lembranças, a fim de construir um perfil, uma definição para o que fomos e o que somos, enquanto tutores.
Através do ingresso na UFC Virtual pude ter contato com a experiência docente em graduação, isto foi bem diferente de tudo o que eu já tinha vivenciado anteriormente, principalmente no tocante ao ensino de Literatura. Na escola, trabalhamos com a Literatura sob a ótica da historiografia e na academia o olhar muda, completamente. Passamos a analisar obras, observar estéticas, etc. As aulas prezam pelos textos críticos, o público é bem mais maduro e a relação entre professor e aluno também se modifica.
Desenvolver estas aulas de graduação em regime semipresencial foi uma dupla descoberta e, ao mesmo tempo, um achado. Sempre gostei de lecionar Literatura em escolas, mas acabava frustrada devido a resistência dos alunos aos livros e à leitura, e dar aula de Literatura sem que esta seja regada à leituras, é impossível!
Hoje os problemas são outros: os nossos alunos alegam que não possuem tempo para ler... Mas ainda assim mantenho o meu olhar benevolente sobre este tipo de ensino. Encontramos alunos "folgados" (mas onde não?), falta de compromisso: dificuldades generalizadas, mas compensações muitas!
Trata-se de um curso de qualidade, com um bom conteúdo, embora pequeno. Esta modalidade semi-presencial possibilita aos alunos uma mobilidade maior e aos tutores a oportunidade de ingresso em um curso de excelência, como a UFC, sem os desgastes do deslocamento diário ao interior.
As ferramentas da internet possibilitam que esta distância física seja minimizada, através das mensagens, dos chats, fóruns etc. Costumo deixar o número do meu telefone celular, para que, se preciso, os alunos me procurem por ele. Em todas as turmas com as quais trabalho, costumo indicar livros e filmes e uma vez, uma aluna me procurou para falar que um determinado filme indicado, mudou completamente a vida dela. Depois disso percebi que tudo estava caminhando com a coerência de deveria e de uma forma positiva. Acredito que muitos tutores, assim como eu, ficam sem saber se estão agindo certo... e esse comentário acalmou, um pouco, minhas angústias.
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