quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Da Avaliação – por Fábio Fernandes Torres

Dentre os trabalhos assumidos pelo professor, talvez o que se configure como mais difícil seja o de avaliar, visto que exige dele determinadas posturas que vão além de seu agir como o professor. Contudo, o ato de avaliar, feito pelo professor, é intrínseco a sua atividade, é a partir dele que o profissional planeja suas ações futuras, rever os insucessos e as causas das atividades realizadas. Sob esse aspecto, ao avaliar o aluno o professor também se avalia e procura entender porque não conseguiu o objetivo desejado: o sucesso do aluno em todas as atividades planejadas.

Por outro lado, a avaliação mede conhecimentos baseados em critérios previamente definidos, o que não é seguro afirmar que o insucesso de um aluno em uma atividade de avaliação seja necessariamente resultado da prática docente, visto que as falhas podem estar justamente nos critérios elencados para avaliar a atividade em questão – o que não pode passar despercebido pelo professor. É preciso, contudo, atentar para os resultados. As notas de nossos alunos revelam muito mais que o nível de aprendizagem por eles alcançado, elas podem revelar muito sobre nós mesmos, sobre nossas práticas, sobre nossos métodos.

Além disso, o resultado da avaliação depende de um pacto tácito entre professor e aluno e nada pode ir além se esse pacto não for cumprido a contento: professor e aluno devem fazer tudo que estão aos seus alcances para que essa atividade seja realizada com sucesso e espelhe exatamente o que ocorreu ao longo do curso, sem isso, qualquer coisa que falemos a respeito serão apenas conjecturas ou abstrações e relativizações.

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