sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Refletir nossa prática na EaD através dos pilares de Paulo Freire.

Em nossa aula 4 podemos refletir sobre a nossa prática educacional na EaD  pelo viés freireano: os pilares de Paulo Freire, e mais ainda, podemos pensar na consequência que tudo leva e tudo traz , e estas são as minhas reflexões  a respeito da(o):
Humildade: O diálogo está ligado à humildade, e em nossa prática temos que ter sempre um olhar duplo, para nós mesmos e para o outro. Lembro-me de uma ex-aluna que enviou um e-mail chateada com o novo tutor, pois a aula era sobre Clarice Lispector e, segundo ela, ele (o tutor) queria que os alunos tivessem a mesma interpretação que ele, ou seja, não considerava  as possibilidades  que os alunos estavam fazendo. E isso me levou a uma reflexão: como nós podemos sim sermos arrogantes, donos de “verdades”,né, exigir do aluno que já olhem para algo e o vejam como nós estamos vendo, como muitas vezes podemos esquecer que ele, assim como nós, estamos todos em construção...
Fé nos homens: “Fé na vocação de ser mais", nos diz Freire (1987), e podemos pensar em quantas vezes nós (sentido geral) desacreditamos as crianças, o ser-humano, o próprio mundo com as seguintes frases: “esse menino não aprende mesmo não, é burro”, “o ser-humano é podre” e “esse mundo tá perdido...”. E quanta negatividade! Mas como investir em algo ou em alguém que já nos parece tão desacreditado, perdido? É como diz, Freire, "Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda". Se desacreditarmos nos homens o que nos sobra se somo nós que movemos esse mundo?
Esperança: e como falar em fé nos homens sem falar em esperança? Mas não como algo que pode acontecer sem que estejamos à frente das mudanças, a esperança está na ordem do acreditar, e claro, se acreditar é esperar, então que se espere em movimento, enquanto se tenta os acertos, porque nem sempre há acertos, mas o prazer pode está em na busca e não se contententação.

Pensar Crítico: Temos aqui uma questão de extrema importância, pensar criticamente não é apenas apontar as dificuldades, os defeitos, mas em especial, o pensar crítico tem de ser reflexivo, pensar nas possibilidades de soluções. Refletir é polissêmico!
O diálogo virtual pode incialmente parecer frio, porque se dá através de uma máquina, dizem alguns, mas penso que isso depende de cada pessoa, de sua vontade, de sua criatividade e especialmente do amor que você tem pelo que faz, como faz. De modo que o diálogo falado por Freire tanto pode como deve ser refletido para o âmbito virtual, porque o que seriam as aulas, os fóruns, os chats, a prórpia escrita, senão um diálogo?

Não sei o quanto aplico ou não esses pilares em minhas práticas virtuais, em que nível elas estão, talvez quem me analisasse de fora poderia ter essa melhor percepção ,mas uma coisa sim posso defender e dar a certeza, mesmo com os tropeços, não dessito de nenhuma deles.
Abraços fraternos a todos,
Marcia.

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