segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Refletindo sobre Avaliação

Refletindo sobre os questionamentos a respeito da imagem proposta:


- O que o professor está fazendo na cabeça do aluno?
- Porque o professor está com uma ferramenta?
- Comparando a figura com práticas avaliativas, que situação encontraríamos? [...]".

Conforme já foi bem colocado por alguns colegas, a referida imagem apresenta uma relação direta com a concepção bancária da educação, de Paulo Freire, a qual, é citada na obra "Pedagogia do Oprimido" do mesmo autor da seguinte forma:

"A educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante." (p.33)

Ou seja, relacionar essa concepção com a atitude do professor da imagem é algo bem cabível, visto que ele está "manipulando" a mente do aluno, é como se estivesse ajustando, com a ferramenta, as informações que foram depositadas, como se ele organizasse o que foi dito ao aluno, o qual não tem a autonomia de excluir ou incluir as informações e conteúdo que deseja.

A ferramente é atua realmente como uma metáfora do controle que o professor exerce sobre o aluno, sobre sua mente, que funciona como um depósito, que memoriza e repete aquilo que é informado.

Infelizmente, as práticas avaliativas ainda possuem muito desse mecanicismo, dessa falta de contrução por parte do aluno, sua autonomia não se faz evidente diante de questionamentos objetivos e sem mais aprofundamentos subjetivos.

Concluindo, a imagem retrata o que Freire coloca sobre o papel do educador e educando na educação bancária, que se dá da seguinte forma:

O educador é o que educa; os educandos, os que são educados;
o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem;
o educador é o que pensa; os educandos, os pensados;
o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente;
o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados;
o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos os que seguem a prescrição;
o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam;
o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, se acomodam a ele;
o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos
(Freire, 1983, p.68).

Abraços!

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