Marilde Alves
Essa figura pode se analisada de vários pontos de vista, porém, normalmente nos remete a idéia de educação bancaria versus educação libertária, ou seja, nos direciona , em primeiro lugar, a pensar sobre educação tradicional. Mas, há outros modos de ler essa figura, como mencionado e, é nessa linha que seguirá essa reflexão. Levando em consideração o trabalho com a educação teremos: de um lado alguém ativo e de outro alguém passivo, ou seja, alguém que pode modificar/consertar e alguém que se permite isso. Veja que quem está com a ferramenta NÃO está inserindo nada na cabeça do outro, mas a está examinando ou avaliando. E, isso foi possibilitado pela chave de fenda, que nesse caso, pode ser compreendida como instrumento que serve à avaliação, pois permite ao professor ver o aprendizado do aluno. O diferencial será a maneira como instrumento será utilizado. De acordo com Souza (s/d) há duas tendências em avaliação: uma diretiva e outra não diretiva. A primeira é classificatória e serve apenas à aprovação e reprovação, a segunda “seria um instrumento de diagnóstico tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para à aprendizagem” (p.8). Isso requer uma interação entre professor e aluno e, como essa interação surge na figura? Observem que a gravata do professor está ‘ligada à cabeça do outro individuo’. Isso é significativo, pois é poder/autoridade compartilhado, pois, segundo um artigo de Glauber Ataide (s/d) que discute a simbologia da gravata como representação do pênis, este seria “uma representação simbólica do Falo”, que por sua vez “é uma representação de força, de poder, de autoridade”, ou seja, no nosso contexto, pode ser interpretado como representação de conhecimento (poder) compartilhado em interação. Por essa visão, o instrumento de avaliação (chave de fenda) só poderia ser diagnostica e não classificatória.
Referências
ATAIDE, Glauber. “a gravata comosimbolo do pênis”. Disponível em: http://www.perfeicao.org/2008/08/gravata-como-smbolo-do-pnis-algumas.html acessoe m 08/12/2011
SOUZA, Jane Aparecida Gonçalves de. “Práticas avaliativas: reflexões”. Disponível em: http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/04/artigo-2a17.pdf acesso em 29/11/2011
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