quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Reflexão sobre os pilares de Paulo Freire.





Caríssimos colegas,

Como acréscimo ao postado da Marilde que, cá entre nós, teceu um belíssimo comentário sobre os pilares de Paulo Freire, destaco um diálogo com uma de minhas alunas em um fórum, ressaltou ela que “a realidade educacional enfrenta muitos desafios. A sociedade contemporânea foi pensada apenas para um quarto da humanidade. Ela exclui três quartos do acesso à moradia, à terra, à alimentação, às novas tecnologias na área da saúde. Na educação a realidade é quase a mesma porque fica a impressão de que o direito à escola é para todos. Se é assim, porque existem ainda muitos analfabetos e muitas crianças fora da escola?
A escola é a imagem da sociedade que exclui muitos e privilegia poucos. O numero de alunos que evadem das salas de aula e o alto número de repetência estão na lógica da exclusão.
Esta constatação é para nós muito evidente e sabemos que não é somente o professor o responsável por esta situação. Sua responsabilidade está em defender que é preciso romper a lógica da exclusão e do privilégio. Cada professor deve construir dentro de si uma ação de esperança e de luta por melhores resultados na Educação, pois quando acreditamos em nosso trabalho geralmente enfrentamos os desafios e colhemos os frutos desta luta, não importa quando.”
Em resposta a esse, argumentei que a veracidade do dizer dela “era condizente em relação ao contexto de muitos países, principalmente ao nosso que, por extensão ou reflexo, era presenciado ou vivenciado em nosso Estado”. Em seguida, acrescentei que, “no Brasil e, principalmente no Ceará, a educação vem passando por um processo de qualificação ou de transformação, claro que a passos lentos, mas não podemos negar que hoje temos leis que direcionam o contexto da educação, as quais estão sendo postas em práticas (é bem verdade que não em sua totalidade, pois isso é o que buscamos a cada dia). Não podemos negar que estamos passando por um processo de conscientização dos direitos e deveres de cada brasileiro e, na cobrança esses diretos, podemos sonhar com um país mais igualitário, de renda mais bem distribuída, de salários mais justos, de pessoas mais bem alimentadas etc.”
Segundo Paulo Freire (2002 p. 32), “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.” É verificado que nossos alunos, assim como nós, na qualidade de pesquisadores, estão tendo mais acesso à informação, seja virtual ou em livros, jornais, revistas etc. Como testemunho dessa realidade, confesso que fui aluna de escola pública em um tempo em que o material do professor continha apenas cadernos, palmatória e um saquinho com grãos de milho ou de feijão, bem diferente de hoje não mesmo?
Olhem, não estou dizendo que a escola pública de hoje é uma maravilha, longe disso, só estou afirmando que estamos passando por processos. Na realidade, o nosso viver é um processo, é uma metamorfose: “Cada criatura é um rascunho a ser retocado sem cessar”, só para citar Guimarães Rosa.
Vale lembrar que, seja na área da educação ou em qualquer outra, o profissional tem que ser um pesquisador, o professor tem que aprender a mesclar o velho saber de seus alunos com o novo, tem que melhorar sua técnica, sua didática para ser compreendido. Penso que as palavras mágicas são conhecer a realidade do aluno, refletir sobre as práticas pedagógicas, ser criativo e inovador. Acredito que o profissional de educação munido dessas especificidades atingirá seu objetivo de mediar o conhecimento, não é verdade?

Viiixe, será que me deixei levar pela emoção e fugi do proposto??? Será, rs, rs, rs,rs???

Abçs,

Terezinha Melo

Um comentário:

  1. Oi Tetê, achei uma bacanx seu testo viu, e fiquei impressionada com o pensamento da sua aluna, e acho que vou ficar pensando sobre isso também...
    Ah, não se preocupe de se vc se deixou se levar pela emoção, eu apoio!
    Um bj,
    Marcia.

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