Olá turma,
Chegou o momento de nós tutores apresentarmos o que nós achamos da atividade desse profissional. É uma situação que foge aos trabalhos que costumamos fazer, visto que é se torna uma espécie de autoanálise, uma olhada para dentro de si mesmo, o que não é tarefa fácil – a psicanálise que o diga.
O fato é que nós tutores lidamos com situações nada comuns. A primeira delas é definir o papel social desse profissional, que atua como mediador entre o professor conteudista e os alunos, o que o faz um professor-tutor ou um tutor-professor. Ele faz as vezes de um professor, visto que é ele quem ministra as aulas presenciais, acompanha os alunos durante o curso, corrige os trabalhos, esclarece as dúvidas, lida com as mais diversas situações que são próprias de qualquer professor, mas ele figura, na educação a distância, como tutor e não como professor, de fato. Se tudo vai bem, o tutor chega a passar despercebido e os créditos são concedidos ao professor da disciplina, àquele que elaborou o material disponibilizado na plataforma ou é a modalidade de educação a distância que está funcionando muito bem; se algo ocorre fora dos padrões, o tutor é responsabilizado por uma decisão tomada que não foi submetida aos seus superiores (acreditem, há uma hierarquia) – como o caso de tutores que foram chamados a prestar esclarecimentos na auditoria porque fez as vezes, de fato e de direito, de um professor, tomando decisões como atribuir nota zero a trabalho que foi copiado e que foi entregue fora do prazo ou coisa parecida.
Contudo, o tutor é o único professor que o aluno da educação a distância conhece e cabe a ele fazer funcionar essa modalidade de ensino, minimizando as dificuldades, contornando os problemas técnicos e assumindo frente aos alunos a postura de um professor. Não comungo, portanto, com a terminologia tutor – parece que conduzimos alguém que incapaz de caminhar sozinho – perdoem-me a franqueza. Somos professores, porque assumimos essa responsabilidade com audácia, altivez, presteza, disponibilidade e espírito de aventura a postura de um professor, desenvolvendo todas as tarefas que podem ser atribuídas a um. Somos professores porque acreditamos na educação a distância e no acesso democrático à educação de qualidade, mesmo quando nossos alunos não acreditam. Somos professores porque desejamos que nossos alunos recebam as aulas que nós recebemos, quando fizemos nossa graduação e nos esforçamos para fazer valer esse equilíbrio: curso presencial/curso a distância. Essa é a minha visão sobre a atividade que desenvolvemos na educação a distância.
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