quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tutoriando nossas vidas

Olá, gente!

Vimos que os compromissos dos tutores são inúmeros, mas que seu reconhecimento é minimizado. Isso na prática, pois na teoria dos textos utilizados no solar, o que é dito sobre sua função caminha no sentido de valoriozação, respeito e possibilidade de discussão e envolvimento na própria construção dos prolegômenos da EaD, coisas que, de fato, não acontecem.
Por isso vimos também realidades que começam a desandar graças a um problema gerado na raiz. E se é um problema de raiz, a mudança deve ser radical: o tutor deve ser integrado nas discussões iniciais de elaboração de cronogramas, disciplinas, cursos etc. Do contrário, o problema continua como uma bola de neve, desembocando em outro novo problema e asssim por diante.
É como quando somos coniventes com um aluno que teve má formação básica e não consegue dar conta do conteúdo no ensino superior. E então? Ter pena e passar o "bichinho"? Ele será um péssimo profissional que formará péssimos alunos: efeito dominó. Um erro não pode justificar outro.
Assim acontece na EaD, os erros, que vêm de uma instância sempre anterior, explodem todos claramente na face do tutor, e é este quem tem que lidar com os problemas, pois eles só se tornam visíveis quando chegam ao tutor. Por exemplo, um aluno incapaz de botar pingo no "I", que escreve mediocremente e apesar disso está no quarto semestre, só tem a "marra" de ir reclamar do tutor, por causa de uma nota baixa ou reprovação, com o coordenador do curso, porque ele já passou por três semestres. Se esse aluno não deveria nem ter entrado no ensino superior, já que não sabe redigir um texto, como ele passou por três semestres? Os erros vão se somando, os tutores que o aprovaram anteriormente também erraram, sim, mas o erro inicial (para ficarmos só no ensino superior) vem da instituição que admitiu o aluno.
Essa série de equívocos acaba provocando situações que nos embaraçam, às quais muitas vezes somos forçados a ceder, como o acúmulo de atividades.
Pudemos ver iss no cotidiano da tutora ficitícia Vanessa, notamos uma sobrecarga de atividades. Afirmamos que provavelmente ela não exerceria as funções a contento, justamente por não poder se dedicar a cada um delas da maneira apropriada, o que pode ser observado no entrecruzamento de atividade que ela descreve em sua agenda, ao corrigir provas durante reunião.
Relaciono minha vida com a situação da tutora em questão, porém em proporções bem diferentes. Creio que todos nós que participamos desse curso de formação continuada temos outras funções a desempenhar. Sentimos também os prazos apertando e nos desdobramos para dar conta de todos os papéis que escolhemos desenvolver. E é aqui que difiro da tutora, nas escolhas. Esse parece ser o ponto-chave da questão. Só devemos assumir compromissos que poderemos cumprir satisfatoriamente, e em educação, a palavra "qualidade" deve estar, necessariamente, agregada a qualquer execução de processos.

Fúlvio

2 comentários:

  1. Olá Fúlvio, comungo de seu pensar, principalmente quando destaca que “ só devemos assumir compromissos que poderemos cumprir satisfatoriamente, e em educação, a palavra ‘qualidade’ deve estar, necessariamente, agregada a qualquer execução de processos”, pois acredito que o acúmulo de trabalho, além de trazer damos ao nosso lado profissional, reduz nossa qualidade de vida pessoal que, a meu ver, deve ter prioridade em nossas buscas, não é verdade?
    Abçs,
    Terezinha Melo

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  2. É Terezinha, também concordo com o que você acrescenta. Não adianta muito ter uma vida profissional bem remunerada que não propicie qualidade de vida, assim como é ruim ter um salário baixo que não corresponda com o esforço depreendido em nossa formação. No fim das contas, o que vai imperar é o bom senso. Abraços!

    Fúlvio

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