Olá, queridos amigos!
Estava lendo as demais atividades de meus colegas e penso que cada um trouxe pontos muito importantes para nosso trabalho de blog, uns comentaram sobre nosso trabalho não ser tão reconhecido, o que eu concordo, pois um exemplo disso é que todos nós já sabemos que o novo sistema vai mudar, que não será mais modular e sim por semestre, mas a nossa situação ainda não foi discutida, nem nos chamaram para discutí-la, o que só reforça essa falta de reconhecimento.
Outro ponto que foi colocado foi as barreiras que encontramos, algumas vezes até por conta do sistema mesmo, a parte técnica, isso não podemos negar, mas acho até que tem estado cada vez melhor, e assim a nossa EaD vai crescendo cada vez mais.
Porém, tem algo que eu gostaria de dialogar com vocês, uma coisa chamada confiança e afetividade, respeito, carinho e por que não falar de amor?
Discutimos nos fóruns problemas como cópias de trabalhos, desculpas para justificar a ausência da entrega dos trabalhos, até desrespeito do próprio aluno com o nosso trabalho, mas hoje quero discutir sobre essa ponte que somos para esses meninos, esses alunos.
O tutor é um mediador sim, e os alunos são nossos significados, e em toda essa empreitada que é o ensino, o trabalho de tutor, quero dizer que muitas são as coisas boas que encontramos, são alunos que nos surpreendem, nos apaixonam mesmo.
Na maioria das vezes temos que ser um pouco pai e um pouco mãe também, um pouco irmão mais velho e psicólogos, e ser assim não tem me causado tantas decepções, não, pelo contrário, tem me dado muito prazer.
Uma coisa é uma aluna te respeitar pelo medo, outro porque te admira.
Recentemente soube de uma aluna que estava tão atordoada para entregar os trabalhos de todas as disciplinas que acabou trocando os trabalhos de uma disciplina por outra, que o tutor não a avisou disso, e que lançou nota zero para ela. Só depois é que ela percebeu e pediu que ele aceitasse o trabalho novamente, e ele não aceitou.
E isso me tocou profundamente, por que me pergunto qual o sabor de um tutor não ajudar seu aluno?Será que nós jamais nos enganamos, erramos, trocamos as coisas? E mesmo que a resposta seja NÃO, devemos determinar que todos sejam perfeitos também?
Como estamos sendo mais ou menos humanos nessa vida de tutor?
Dar a mão a alguém que pede uma chance é ser humano, mas cada um tem sua maneira de trabalhar, não é? E isso tem que ser respeitado, só trago aqui e peço uma reflexão sobre a questão da flexibilidade, de dar chances, porque isso quer dizer que você está dizendo ao seu aluno: eu confio em ti. E minha gente, não tem coisa melhor, não, para um aluno, ele se sente importante, valorizado, acolhido, assim como nós gostaríamos que fosse conosco também.
O trabalho de tutor não é fácil mesmo, mas endurecer somente não é o caminho mais acertado. E se alguém me perguntar qual o caminho, então, eu vos digo: não sei, eu também estou buscando-o, mas sei do qual eu não quero enveredar.
Acreditar no ser é uma emancipação humana, eu acredito neles, nos alunos, defendo-os com todas as minhas forças, se há àquele que não valorize isso de seu tutor, eu sinto muito, mas não é por conta de uns poucos que não se envolvem de verdade que vou julgar todos, e assim vamos trabalhando nossos alunos de forma coletiva, mas também individual.
O trabalho do tutor exige muito mesmo, tempo, dedicação, percepção aguçada, conhecimento sempre se reciclando, mas por que não colocar as pitadas de afetividade em tudo isso?
Esse também é o trabalho do tutor.
E posso me despedir usando aquela velha frase de Che Guevara muito conhecida: Hay que endurecer, pero perder la ternura jamás!
Essa é a contribuição que desejo passar para todos os meus colegas, que todo o conhecimento se constrói junto e com afetividade!
Um grande abraço em cada um,
Marcia.