quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tópico 05: Análise de portfólio

Olá a todos,

Está presente no nosso cotidiano como tutor diversas situações em que temos que tomar decisões importantes, dentre essas decisões, temos as que são referentes aos portfólios. Devemos receber com atraso? Quais motivos justificam a não entrega? Se houver atraso, este deve ser de até quanto tempo? E se o aluno não atendeu à proposta, devemos pedir que refaça ou já atribuímos nota 0? São muitos questionamentos e o professor deve ponderar cada situação, para, também, não prejudicar ou mesmo desestimular o aluno. Por isso, o conhecimento da turma e o contato inicial com os alunos é tão importante. Apenas o tutor, naquele momento, poderá saber qual será a decisão correta a tomar, desde que não esqueça que o objetivo dos portfólios é o aprendizado.

Reflexão sobre os pilares de Paulo Freire.





Caríssimos colegas,

Como acréscimo ao postado da Marilde que, cá entre nós, teceu um belíssimo comentário sobre os pilares de Paulo Freire, destaco um diálogo com uma de minhas alunas em um fórum, ressaltou ela que “a realidade educacional enfrenta muitos desafios. A sociedade contemporânea foi pensada apenas para um quarto da humanidade. Ela exclui três quartos do acesso à moradia, à terra, à alimentação, às novas tecnologias na área da saúde. Na educação a realidade é quase a mesma porque fica a impressão de que o direito à escola é para todos. Se é assim, porque existem ainda muitos analfabetos e muitas crianças fora da escola?
A escola é a imagem da sociedade que exclui muitos e privilegia poucos. O numero de alunos que evadem das salas de aula e o alto número de repetência estão na lógica da exclusão.
Esta constatação é para nós muito evidente e sabemos que não é somente o professor o responsável por esta situação. Sua responsabilidade está em defender que é preciso romper a lógica da exclusão e do privilégio. Cada professor deve construir dentro de si uma ação de esperança e de luta por melhores resultados na Educação, pois quando acreditamos em nosso trabalho geralmente enfrentamos os desafios e colhemos os frutos desta luta, não importa quando.”
Em resposta a esse, argumentei que a veracidade do dizer dela “era condizente em relação ao contexto de muitos países, principalmente ao nosso que, por extensão ou reflexo, era presenciado ou vivenciado em nosso Estado”. Em seguida, acrescentei que, “no Brasil e, principalmente no Ceará, a educação vem passando por um processo de qualificação ou de transformação, claro que a passos lentos, mas não podemos negar que hoje temos leis que direcionam o contexto da educação, as quais estão sendo postas em práticas (é bem verdade que não em sua totalidade, pois isso é o que buscamos a cada dia). Não podemos negar que estamos passando por um processo de conscientização dos direitos e deveres de cada brasileiro e, na cobrança esses diretos, podemos sonhar com um país mais igualitário, de renda mais bem distribuída, de salários mais justos, de pessoas mais bem alimentadas etc.”
Segundo Paulo Freire (2002 p. 32), “Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.” É verificado que nossos alunos, assim como nós, na qualidade de pesquisadores, estão tendo mais acesso à informação, seja virtual ou em livros, jornais, revistas etc. Como testemunho dessa realidade, confesso que fui aluna de escola pública em um tempo em que o material do professor continha apenas cadernos, palmatória e um saquinho com grãos de milho ou de feijão, bem diferente de hoje não mesmo?
Olhem, não estou dizendo que a escola pública de hoje é uma maravilha, longe disso, só estou afirmando que estamos passando por processos. Na realidade, o nosso viver é um processo, é uma metamorfose: “Cada criatura é um rascunho a ser retocado sem cessar”, só para citar Guimarães Rosa.
Vale lembrar que, seja na área da educação ou em qualquer outra, o profissional tem que ser um pesquisador, o professor tem que aprender a mesclar o velho saber de seus alunos com o novo, tem que melhorar sua técnica, sua didática para ser compreendido. Penso que as palavras mágicas são conhecer a realidade do aluno, refletir sobre as práticas pedagógicas, ser criativo e inovador. Acredito que o profissional de educação munido dessas especificidades atingirá seu objetivo de mediar o conhecimento, não é verdade?

Viiixe, será que me deixei levar pela emoção e fugi do proposto??? Será, rs, rs, rs,rs???

Abçs,

Terezinha Melo

Tutoriando nossas vidas

Olá, gente!

Vimos que os compromissos dos tutores são inúmeros, mas que seu reconhecimento é minimizado. Isso na prática, pois na teoria dos textos utilizados no solar, o que é dito sobre sua função caminha no sentido de valoriozação, respeito e possibilidade de discussão e envolvimento na própria construção dos prolegômenos da EaD, coisas que, de fato, não acontecem.
Por isso vimos também realidades que começam a desandar graças a um problema gerado na raiz. E se é um problema de raiz, a mudança deve ser radical: o tutor deve ser integrado nas discussões iniciais de elaboração de cronogramas, disciplinas, cursos etc. Do contrário, o problema continua como uma bola de neve, desembocando em outro novo problema e asssim por diante.
É como quando somos coniventes com um aluno que teve má formação básica e não consegue dar conta do conteúdo no ensino superior. E então? Ter pena e passar o "bichinho"? Ele será um péssimo profissional que formará péssimos alunos: efeito dominó. Um erro não pode justificar outro.
Assim acontece na EaD, os erros, que vêm de uma instância sempre anterior, explodem todos claramente na face do tutor, e é este quem tem que lidar com os problemas, pois eles só se tornam visíveis quando chegam ao tutor. Por exemplo, um aluno incapaz de botar pingo no "I", que escreve mediocremente e apesar disso está no quarto semestre, só tem a "marra" de ir reclamar do tutor, por causa de uma nota baixa ou reprovação, com o coordenador do curso, porque ele já passou por três semestres. Se esse aluno não deveria nem ter entrado no ensino superior, já que não sabe redigir um texto, como ele passou por três semestres? Os erros vão se somando, os tutores que o aprovaram anteriormente também erraram, sim, mas o erro inicial (para ficarmos só no ensino superior) vem da instituição que admitiu o aluno.
Essa série de equívocos acaba provocando situações que nos embaraçam, às quais muitas vezes somos forçados a ceder, como o acúmulo de atividades.
Pudemos ver iss no cotidiano da tutora ficitícia Vanessa, notamos uma sobrecarga de atividades. Afirmamos que provavelmente ela não exerceria as funções a contento, justamente por não poder se dedicar a cada um delas da maneira apropriada, o que pode ser observado no entrecruzamento de atividade que ela descreve em sua agenda, ao corrigir provas durante reunião.
Relaciono minha vida com a situação da tutora em questão, porém em proporções bem diferentes. Creio que todos nós que participamos desse curso de formação continuada temos outras funções a desempenhar. Sentimos também os prazos apertando e nos desdobramos para dar conta de todos os papéis que escolhemos desenvolver. E é aqui que difiro da tutora, nas escolhas. Esse parece ser o ponto-chave da questão. Só devemos assumir compromissos que poderemos cumprir satisfatoriamente, e em educação, a palavra "qualidade" deve estar, necessariamente, agregada a qualquer execução de processos.

Fúlvio

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O ofício do tutor a distância e a ferramenta chat.


Sou tutora da UFC Virtual desde o segundo semestre de 2008 e quase todas as disciplinas ministradas tiveram chats. Os primeiros me deram um trabalhão, sem contar o frio na barriga, claro, por ser algo novo para mim. Agora, com o passar do tempo, as coisas estão ficando mais calmas, mas confesso que sempre fico um pouco inquieta quando tenho essa modalidade de aula. Talvez isso ocorra por ser algo simultânea (simulando uma aula presencial) com possíveis questionamentos inesperados e com um tempo limitado, já que a duração de um chat geralmente é de uma hora. Uma coisa é certa em relação ao chat: tento sempre ter segurança em relação ao assunto que será debatido e tento organizar as coisas para que se alcance o objetivo da aula.
Em relação ao planejamento, costumo, geralmente, no 1ª encontro presencial, marcar o chat e dividir a turma. Quando se aproxima o dia do chat, envio mensagem lembrando o nosso encontro ( dia, horário e tema) e destaco que será uma conversar entre amigos, mas se faz necessário pontuar o assunto e estabelecer certas regras, então, envio algo parecido com o que a Ana Keila nos enviou para o chat de nossa 3ª aula. Acrescento que peço muito a Deus para que a internet não caia e tudo corra da melhor maneira possível. Vale destacar que uma das dificuldades que presencio no uso do chat diz respeito à transmissão, à questão técnica, pois existem localidades em que os alunos acessam, aparece a foto, mas o mesmo não se encontra na sala, às vezes, fica lá por muito tempo, gostaria muito de saber por que isso ocorre. Por isso, quando inicio um chat, tenho hábito de perguntar quem realmente estar na sala para me certificar de quem realmente está participando da aula.
Quanto à frequência, sempre falta alguém, às vezes, muitos alguéns, pois já tive turma com 25 a 30 alunos e somente uns 10, 15 ou 08 marcaram presença no chat. Por esse motivo, por mais numerosa que seja a turma, só divido em dois horários.
Sobre gosta ou não do chet, a maioria de meus alunos não gosta dessa aula, acredito por ter um tempo estabelecido que nunca entra em harmonia com os deles, pois são, em sua maioria, professores com horários lotados. Outro motivo para rejeição, a meu ver, pode estar ligado ao fato de os alunos não poderem usar o ctrl C e ctrl V, pois o tempo a dinâmica da aula inviabilizam tal ação, não é verdade, rs, rs, rs!!

Abçs,

Terezinha Melo

domingo, 27 de novembro de 2011

O ofício do tutor a distância e a ferramenta chat

Quando ministro uma disciplina em que há revisto um chat, normalmente organizo as turmas, de no máximo 10 alunos - mas pretendo fazer turmas menores depois da discussão no fórum da aula2 e chat - definindo dias e horário, normalmente são à noite. Depois desse primeiro encontro, coloco no meu portfólio as atividades a serem realizadas e orientações. Antes do chat envio mensagem aos alunos lembrando horário e tema. E questões para orientar a discussão.

No dia do chat, coloco as mesmas orientaçõe socmo minha primeira mensagem. Por exemplo: tema: heteronimia pessoana. O que é a heterônimia? O que são heterônimos? O que é a obra ortônima? Como diferenciar o ortônimo e os heterônimos? Como percebemos isso na obra de Pessoa?


Mas, como no artigo “sobre o uso do chat coo ferramenta auxiliar de ensino e aprendizagem no curso de mestrado em Informatica da Universidade Católica de Brasilia” observa-se uma resitência a essa ferramenta, tambémobservada nos relatos de experiencia discutido em fórum. Um dos pontos que chama atenção nesse artigo é a diferença entre o chat comum sem fins educativos apra o chat pedagógico:


cada aula tem data e hora marcadas. O clima nessas salas é de seriedade, já que trata-se de uma atividade acadêmica no contexto de disciplinas de um curso de Mestrado e as sessões são mediadas pelos professores. A rigidez da coordenação depende de cada professor. Diferentemente da Internet, os alunos se identificam e as informações e opiniões expressas afetam o desempenho acadêmico do aluno. Por fim, nas sessões de chat na UCB as conversas reservadas não são incentivadas.



Concordamos com o texto, pois, mesmo em chats-aula com tom mais descontraído, como o que tivemos na ultima sexta (25/11/2011), se manteve essa seriedade. Outra passagem do referido texto, que nos fez refletir sobre essa ferramenta foi quando assevera que



A maior desvantagem do chat decorre do empobrecimento das três componentes conversacionais: corporalidade, emocionalidade e linguagem. Observa-se que o chat não permite aos participantes trabalhar as suas corporalidades, dificulta significativamente a expressão das emocionalidades e restringe os recursos da linguagem à forma escrita.

 


Discordamos parcialmente dessa passagem, pois os elementos que são citados como ausentes ou que são dificultados em chat-aula podem também ocorrer na aula presencial, resguardando as perculiaridades de cada modalidade, pois o ambiente de aula mais que o chat se não limita a corporalidade não a garante, pois em aula presencial o aluno pode estar apenas fisicamente presente. A emocionalidade não é extravassada, pois é regrada pelo ambiente aula e, a linguagem, devido ao ambiente aula, é proxima  a linguagem padrão. Mas, concordamos com o texto quando diz que as vantagens do chat é a fácil utilização, ainda que com conexão baixa e da possibilidade de recuperar o diálogo por meio do histórico dele.


Marilde Alves

Os cinco pilares de Paulo Freire em EaD

Na aula 03 vimos os 5 pilares de Freire: Amor, Humildade, Fé nos homens, Esperança e Pensar critico. Na definição do primeiro, amor, encontramos três palavras-chave: diálogo, coragem e compromisso, que de algum modo se relacionam ao que David e Castro Filho (2009, p.3) dizem:

Paulo Freire não oculta o senso de afetividade de sua pedagogia. Sem excluir a cognoscibilidade, a necessidade de formação científica e o domínio técnico do educador, Freire (2007) compreende o querer bem aos educandos como algo que dá sentido à prática educativa. É o que faz do educador um formador, mais do que um treinador ou transferidor de saberes. De acordo com Freire (2006, p. 91): “Não há diálogo se não há um profundo amor ao mundo e aos homens”. Nesse sentido, há que se valorizar os conhecimentos, a cultura e as necessidades do ser humano no exercício de uma pedagogia libertadora.



As palavras-chave mencionadas resumem esse primeiro pilar, pois se é o amor que fundamenta o diálogo, são a coragem e o compromisso  que o matém aberto. Em EaD essa abertura se presentifica na presença do tutor nos fóruns, nas mensagens de incentivo, nos avisos, nas cobranças e na troca de experiência. David e Castro Filha(2009, p.3) também afirma que a afetividade se manifesta em elementos paralinguistico, concordamos, mas acrecentamos que mesmo sem os elementos paraliguisticos a emoção/afetividade se manifesta na escrita do aluno/tutor. É desnecessário dizer que a utilização desses recursos toran a emoção mais evidente, pois somos capases de discenir entre :D  e :( , mas a escrita também tem um tom, que reconhecemos como agressivo, melancolico, alegre ou indiferente.  



O segundo pilar fala da humildade, ou seja, se colocar no lugar do outro e, em EaD fazemos isso constatemente, pois temos que ponderar as dificuldades dos alunos quanto ao acesso à internete ou  material de estudo, para avaliar a qualidade dos trabalhos deles dentro da disciplian, sem perder o foco. Pois, ser humilde não siginificar ser, como dizem no Ceará, ‘besta’. Acreditamso que isso não vai de encontro ao que David e Castro filho (2009) afirmam quando dizem que o “sentimento de humildade em EaD começa com uma redefinição dos papéis de professores e alunos”, pois nessa redefinição se estrutura a postura do turtor que, não deve dificultar o aprendizado, mas também não deve ser adepto das facilitações, pois o aluno de hoje, será o  profissional de amanhã: o médico, o advogado, o administrador e/ou professor.  Nossa misão em modalidade presencial ou em EaD é despertar a curiosidade do aluno.E isso implica em despertar nela a criticidade quanto a sua propia páritca como aluno  e, seu aprendizado.



O terceiro pilar é a fé nos homens. É acreditar no potencial desse aluno, como Freire coloca, é acreditar no poder de fazer e refazer deles. Tenho percebido uma necessidade de incetivar essa fé neles mesmos, pois, sempre ouço desculpas como ‘a escola pública é isso’, ‘não temos isso ou aquilo’ ou ‘nossa educação foi deficiente’, mas isso tudo são apenas obstáculos, como a pedra de Drummond, mas um parcela toma como impedimento. Nós devemos ter fé neles e reavivar essa fé neles.



O quarto pilar é a esperança e, esta está associada a ideia de luta. Freire diz que ter esperança não é ficar parado esperando que as coisas encontrem uma solução por si mesmas, mas é ir ao encontro dessas soluções/mudanças. A esperança em EaD se presentifica na superação dos obstáculos, as distâncias entre a casa do aluno e o polo, o acesso dificil e internitente de internet, na construção do pensamento critico.



O quinto pilar é o pensar critico, que segundo David e Castro filho ( 2009) se relaciona à percepção da realizadade como processo. Talvez esse seja, contraditoriamente, o mais dficil e o mais presente em EaD, pois essa modalidade tem por proposta a interação e, interação implica troca, que por sua vez implica criticidade. Esse pensar critico deveria estar presente não apenas nos portfolios, mas nos encontros presenciais e principlamente nos fóruns.



Entendemos que esses pilares se confundem em EaD, pois são interdependentes. Eu amo quando mantenho aberto um dialogo com meu aluno, me colocando em seu lugar, pretendendo reavivar a fé nele e a minha fá nele, lutando para despertar nele a criticidade adormecida.  

Marilde Alves

O antagonismo pedagógico de Paulo Freire e a pedagogia da curiosidade.

Fraga (2009), quanto ao video-entrevista de Freire e Papert,  tece a seguinte consideração sobre a entrevista de Freire:

Nos vídeos é perceptível que os dois dizem razoavelmente a mesma coisa: contra a pedagogia do "depósito do conhecimento" na cabeça dos alunos, favoráveis à pedagogia da curiosidade, do despertar a vontade de entender, saber e fazer. Uma oposição que talvez haja entre ambos, mas que não foi tão bem tratada no vídeo, seria quanto ao papel do professor X papel do computador, mas não tenho tanta certeza assim disso. Sem dúvida para Freire o papel do diálogo e do contato humano é essencial, não sei quanto a Papert.

Concordamos em parte com a blogueira, pois o vídeo, que parece não estar em sua integra, deixa essas lacunas. Porém, observamos dois pontos interessantes e interdependente na nossa visão. O primeiro, denominado de antagonismo pedagógico por Freire, define a sua prática em relação a educação vigente à epoca da entrevista. A partir desse conceito ressalta a deficiencia da educação bancaria e a necessiade de novos métodos, o que nos leva ao segundo conceito: pedagogia da curiosidade, que segundo freire consiste em uma pedagogia da pergunta e não da resposta,  que instigue o aluno a pensar, a questionar, a ser curioso.

Sobre esse ponto, Rubens Alves no video o papel do professor (http://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU) também reforça essa necessidade de despertar na criança a cruriosidade, delcarando que o professor não desse ensinar nada, pois tudo, na era de internet, está a mão do aluno, então o porfessor deve ser professor de espanto, ou seja, ensinar a criança a ser curiosa. Em outro video, disserta sobre a ‘escola ideal’, reforçando a ideia de Freire, ao afirmar que a escola deve se perguntar: isso que vou ensinar serve para quê?

Ambos enfatizam a necessiades da pergunta, que refelte no aluno a curiosidade, base de qualquer apendizado e, de um pensamento critico

Marilde Alves

Referencias

ALVES, Rubens. “ O papel do Porfessor” in: Revista digital. Disponivel em: http://www.youtube.com/watch?v=_OsYdePR1IU

_____________. “A escola ideal”. In: Revista digital. Disponivel em: http://www.youtube.com/watch?v=IEX9bOeTMZg&feature=related


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Vida de Tutor!


Olá, queridos amigos!

Estava lendo as demais atividades de meus colegas e penso que cada um trouxe pontos muito importantes para nosso trabalho de blog, uns comentaram sobre nosso trabalho não ser tão reconhecido, o que eu concordo, pois um exemplo disso é que todos nós já sabemos que o novo sistema vai mudar, que não será mais modular e sim por semestre, mas a nossa situação ainda não foi discutida, nem nos chamaram para discutí-la, o que só reforça essa falta de reconhecimento.

Outro ponto que foi colocado foi as barreiras que encontramos, algumas vezes até por conta do sistema mesmo, a parte técnica, isso não podemos negar, mas acho até que tem estado cada vez melhor, e assim a nossa EaD vai crescendo cada vez mais.

Porém, tem algo que eu gostaria de dialogar com vocês, uma coisa chamada confiança e afetividade, respeito, carinho e por que não falar de amor?
Discutimos nos fóruns problemas como cópias de trabalhos,  desculpas para justificar a ausência da entrega dos trabalhos, até desrespeito do próprio aluno com o nosso trabalho, mas hoje quero discutir sobre essa ponte que somos para esses meninos, esses alunos.

O tutor é um mediador sim, e os alunos são nossos significados, e em toda essa empreitada que é o ensino, o trabalho de tutor, quero dizer que muitas são as coisas boas que encontramos, são alunos que nos surpreendem, nos apaixonam mesmo.
Na maioria das vezes temos que ser um pouco pai e um pouco mãe também, um pouco irmão mais velho e psicólogos, e ser assim não tem me causado tantas decepções, não, pelo contrário, tem me dado muito prazer.
Uma coisa é uma aluna te respeitar pelo medo, outro porque te admira.
Recentemente soube de uma aluna que estava tão atordoada para entregar os trabalhos de todas as disciplinas que acabou trocando os trabalhos de uma disciplina por outra, que o tutor não a avisou disso, e que lançou nota zero para ela. Só depois é que ela percebeu e pediu que ele aceitasse o trabalho novamente, e ele não aceitou.

E isso me tocou profundamente, por que me pergunto qual o sabor de um tutor não ajudar seu aluno?Será que nós jamais nos enganamos, erramos, trocamos as coisas? E mesmo que a resposta seja NÃO, devemos determinar que todos sejam perfeitos também?
Como estamos sendo mais ou menos humanos nessa vida de tutor?

Dar a mão a alguém que pede uma chance é ser humano, mas cada um tem sua maneira de trabalhar, não é? E isso tem que ser respeitado, só trago aqui e peço uma reflexão sobre a questão da flexibilidade, de dar chances, porque isso quer dizer que você está dizendo ao seu aluno: eu confio em ti. E minha gente, não tem coisa melhor, não, para um aluno, ele se sente importante, valorizado, acolhido, assim como nós gostaríamos que fosse conosco também.

O trabalho de tutor não é fácil mesmo, mas endurecer somente não é o caminho mais acertado. E se alguém me perguntar qual o caminho, então, eu vos digo: não sei, eu também estou buscando-o, mas sei do qual eu não quero enveredar.

Acreditar no ser é uma emancipação humana, eu acredito neles, nos alunos, defendo-os com todas as minhas forças, se há àquele que não valorize isso de seu tutor, eu sinto muito, mas não é por conta de uns poucos que não se envolvem de verdade que vou julgar todos, e assim vamos trabalhando nossos alunos de forma coletiva, mas também individual.

O trabalho do tutor exige muito mesmo, tempo, dedicação, percepção aguçada, conhecimento sempre se reciclando, mas por que não colocar as pitadas de afetividade em tudo isso?

Esse também é o trabalho do tutor.
E posso me despedir usando aquela velha frase de Che Guevara muito conhecida: Hay que endurecer, pero perder la ternura jamás!

Essa é a contribuição que desejo passar para todos os meus colegas, que todo o conhecimento se constrói junto e com afetividade!

Um grande abraço em cada um,
Marcia.

sábado, 19 de novembro de 2011

Nossa vida de tutor

Olá, colegas!
Gostaria de deixar minhas impressões de como é a nossa vida como tutores da EaD.

Em primeiro lugar, acho que ser tutor da UFC virtual nos proporciona muitas vantagens: para muitos (como foi para mim), é o início da vida acadêmica como professores universitários, sim, porque, querendo ou não, somos professores de um curso superior, portanto, professores universitários, e, ainda mais, da UFC, uma instituição de ensino reconhecidíssima; outra vantagem é a flexibilidade de horário, essa atividade não nos impede que tenhamos outras, desde que consigamos conciliá-las (não como a agenda que nos foi mostrada no texto da aula, pobre Vanessa!); além disso, temos contato com vários professores-conteudistas (pelo menos, a maioria de tutores que conheço atua em várias disciplinas), o que nos acrescenta bastante em termos de conhecimento científico, de didática de trabalho, de conhecimento pessoal também; e por último, temos a oportunidade de conhecer várias cidades, o que, para mim, é muito gostoso, claro, com algumas exceções! rs

No entanto, além de vantagens, não podemos fechar os olhos para as dificuldades: a meu ver, ainda não somos reconhecidos pelo trabalho que desenvolvemos, o que sinto é que algumas "entidades" veem essa nossa profissão como "dinheiro fácil", o que não é de forma alguma, pois viajar duas vezes, além de um compromisso em acompanhar de forma séria uma turma, não se assemelham em nada a um "dinheiro fácil"; não posso deixar de relatar também os perigos pelos quais estamos expostos, claro, todos sabemos que pegar a estrada hoje em dia é muito perigoso, relatos de acidentes são constantes e estamos expostos a isso; também relato como dificuldade o fato de não termos uma certa autonomia para trabalhar, sempre estamos atrelados a um professor-conteudista, que é quem dita as normas, e muitas vezes não podemos tomar uma decisão sem consultá-lo (são poucos os que conheço que não acatam uma decisão vinda do tutor, mas que há, há).

Mas, pesando na balança, vejo que, para nós, o futuro na EaD é muito promissor, pois a cada ano aumentam turmas e inscritos, e, a cada mudança melhoram nossas condições de trabalho (quem não se lembra do tempo em que tínhamos de catar notas fiscais para comprovar os gastos com as viagens senão teríamos de devolver dinheiro?! rs).

Abs,
Ana Paula Trindade

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Tutor e seu Trabalho - por Fábio Torres

Olá turma,

Chegou o momento de nós tutores apresentarmos o que nós achamos da atividade desse profissional. É uma situação que foge aos trabalhos que costumamos fazer, visto que é se torna uma espécie de autoanálise, uma olhada para dentro de si mesmo, o que não é tarefa fácil – a psicanálise que o diga.

O fato é que nós tutores lidamos com situações nada comuns. A primeira delas é definir o papel social desse profissional, que atua como mediador entre o professor conteudista e os alunos, o que o faz um professor-tutor ou um tutor-professor. Ele faz as vezes de um professor, visto que é ele quem ministra as aulas presenciais, acompanha os alunos durante o curso, corrige os trabalhos, esclarece as dúvidas, lida com as mais diversas situações que são próprias de qualquer professor, mas ele figura, na educação a distância, como tutor e não como professor, de fato. Se tudo vai bem, o tutor chega a passar despercebido e os créditos são concedidos ao professor da disciplina, àquele que elaborou o material disponibilizado na plataforma ou é a modalidade de educação a distância que está funcionando muito bem; se algo ocorre fora dos padrões, o tutor é responsabilizado por uma decisão tomada que não foi submetida aos seus superiores (acreditem, há uma hierarquia) – como o caso de tutores que foram chamados a prestar esclarecimentos na auditoria porque fez as vezes, de fato e de direito, de um professor, tomando decisões como atribuir nota zero a trabalho que foi copiado e que foi entregue fora do prazo ou coisa parecida.

Contudo, o tutor é o único professor que o aluno da educação a distância conhece e cabe a ele fazer funcionar essa modalidade de ensino, minimizando as dificuldades, contornando os problemas técnicos e assumindo frente aos alunos a postura de um professor. Não comungo, portanto, com a terminologia tutor – parece que conduzimos alguém que incapaz de caminhar sozinho – perdoem-me a franqueza. Somos professores, porque assumimos essa responsabilidade com audácia, altivez, presteza, disponibilidade e espírito de aventura a postura de um professor, desenvolvendo todas as tarefas que podem ser atribuídas a um. Somos professores porque acreditamos na educação a distância e no acesso democrático à educação de qualidade, mesmo quando nossos alunos não acreditam. Somos professores porque desejamos que nossos alunos recebam as aulas que nós recebemos, quando fizemos nossa graduação e nos esforçamos para fazer valer esse equilíbrio: curso presencial/curso a distância. Essa é a minha visão sobre a atividade que desenvolvemos na educação a distância.

Cotidiano de um professor (reposição)

Ao observar a corrida agenda da professora Vanessa pude relacionar bastante com meu dia a dia e com minha prática como tutora. Assim como a Vanessa, sou casada, porém ainda não tenho filhos, mas estou grávida! Este período requer um pouco mais de repouso e um comportamento diferenciado nos meus hábitos cotidianos, o que não tenho conseguido fazer. Sendo tutora de várias disciplinas, estou tendo de trabalhar bastante, muitas vezes, de madrugada, para conseguir cumprir os prazos e não deixar meus alunos sem a devida atenção.
Ou seja, assim como a professora Vanessa me vejo tendo que anotar tudo e planejar diariamente minha tarefas para não esquecê-las e conseguir executá-las a contento. Como alguns colegas disseram no fórum, a obrigação de atividades que nos consomem simultanemaneamente vem muitas vezes da necessidade financeira, em que literalmente temos que nos "rebolar" para conseguir ter um salário um pouco mais digno que proporcione um maior bem-estar para nossa família.
Tal como a professora Vanessa, também sou aluna de pós-graduação com três disciplinas para concluir ainda este semestre. Conforme disse o Fábio Torres, há atividades, tais como escrever artigos  que requerem mais de tempo. Logo, acredito que o tempo dado na agenda da professora para tantas tarefas foi exagerado.

Gezenira



O dia-a-dia do tutor!

Posso hoje falar muito bem deste cotidiano, já que estou com várias disciplinas e viajando para polos bem diferentes. Costumo afirmar que o tutor é a "infantaria" da EaD, é o que faz o papel de linha de frente nas atividades, porque é o que convive e acompanha os alunos pessoal ou virtualmente, e é quem faz a EaD acontecer de forma mais presencial.
O cotidiano do tutor deve ser a busca pelo desenvolvimento correto e efetivo de suas atividades mesmo que isto, muitas vezes não dependa apenas dele. Ou seja, surgem, algumas vezes, empecilhos que não dependem diretamente da ação do tutor, tais como: diárias atrasadas, falta de auxílio do professor conteudista, alunos sem comprometimento etc.
Entretanto, na busca por driblar inúmeros problemas o tutor deve ter em seu cotidiano ações claras que busquem favorecer o processo ensino-aprendizagem, tais como: acompanhamento diário dos fóruns, resposta constante às mensagens do alunos, correção breve de atividades de portfólio, agendamento e organização de chats, leitura e preparação de aulas etc. Ações como estas cobram do tutor tempo e dedicação ao longo de seu dia a dia.

A doce e dura vida de tutor

O que posso falar sobre a vida de tutor? Posso falar da minha experiência como tutora dizendo, inicialmente, que não é uma coisa simples, apesar de muitos acharem isso. Sempre que falo que dou aula pela UFC virtual as pessoas ficam entre curiosas e invejosas; em relação a inveja que algumas pessoas admitem publicamente ter vem quando digo que posso fazer meu trabalho em casa ou em qualquer lugar que estiver, bastando para isso ter um computador à mão. Isso faz com que as pessoas imaginem que é um trabalho fácil. Algumas até devem pensar que esse não deve ser um trabalho muito sério, já que posso fazê-lo no doce aconchego do meu lar. Acabo sempre tendo que explicar como é o nosso trabalho, e algumas pessoas ficam surpresas, muitas até, mesmo sem ser professores, dizem que gostariam de ter um trabalho desse tipo. Digo-lhes sempre que trabalhar em casa pode parecer mais fácil, mas não é simples. Falo sempre da organização que precisamos ter com os nossos horários e leituras, sob o risco de perdermos o "bonde" da disciplina, e que temos que ser cumprir um cronograma previamente organizado, e que não ficamos soltos, sem nenhum tipo de fiscalização, pois os nossos coordenadores estão sempre a par do que fazemos no ambiente, além dos alunos que esperam por nossos comentários e orientação, sob o risco de abandonarem o curso. Minha vida de tutora ainda não está como eu gostaria, pois não quero ter que continuar entrando de madrugada no ambiente para corrigir trabalhos e participar de fóruns, mas sei que em breve isso deve se modificar, após essa enxurrada de concursos de que devo participar. Espero que no próximo 2012 eu possa manter um horário fixo para esse trabalho que tanto me gratifica. Tenho orgulho de fazer parte desta equipe de tutores virtuais da UFC, pois sei que nosso trabalho, se não tem ainda uma grande visibilidade e não é bem pago, vai pouco-a-pouco fazendo muita diferença na vida de jovens e adultos que não tinham acesso à uma instituição de nível superior e, muito menos, à uma universidade do porte da UFC.
Abraços;
Adriana.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Vida de tutor



Em 2008, estava fazendo o meu primeiro ano de mestrado e ouvi comentários sobre a UFC Virtual. Entrei em contato com o Professor Cid Ottoni, coordenador das disciplinas de Literatura brasileira, e comentei o meu interesse em saber como funcionava essa nova modalidade de ensino em nosso Estado. Em seguida, ele me indicou para o curo de Formação de Tutores da EAD, ofertado pela UFC Virtual no segundo semestre desse ano.
Antes de terminar o curso, o Professor Cid me convidou para fazer parte da equipe que iria mediar o conhecimento do conteúda da disciplina Teoria da Literatura I. Quando fiquei sabendo que a turma era a do polo de Barbalha, busquei informações sobre o polo, sobre a turma, hospedagem, prestação de contas, correção de provas etc. Era minha primeira viagem de trabalho e me senti, apesar da idade, como uma adolescente, emoção “a mil por hora”, Organizei a vida domestica e me preparei para responder as possíveis perguntas sobre o conteúdo da disciplina, detalhe: metade da mala era de livros, rs, rs, rs, rs, rs!!
No polo, como a Suele, fui bem recebida pela tutora presencial e pelos alunos. Ressalto que, dias antes do 1º encontro presencial, entrei em contanto com o polo para saber quem era a tutora de minha disciplina, coisa que faço até hoje. A turma estava, como eu, dando os primeiros passos nesse novo paradigma da educação em nosso Estado. Esse foi um dos motivos que nos aproximou e também facilitou a mediação e assimilação entre nós de mais um conhecimento.
Como destacado em outra postagem deste blog, a experiência que estou adquirindo nessa prática de docência, além de ampliar meu conhecimento de mundo, vem enriquecendo e fundamentando a minha profissão de mediar o conhecimento. Fazer parte desse novo paradigma da educação no Ceará tem sido motivo de grande alegria. A meu ver, a EAD é uma grande oportunidade de se levar conhecimento e crescimento pessoal e intelectual para comunidades mais distantes, nas quais as chances de se fazer um Curso de Graduação são ínfimas, além de ser uma oportunidade de qualificar melhor os professores das escolas primárias e de ensino médio do interior de nosso Estado.
Nas aulas já ministradas, pude perceber que os alunos iniciam de um jeito, com dado conceito e, ao término, estão acrescidos de informações, de dúvidas e de questionamentos. Acho isso maravilhoso, pois saíram do conformismo, da mesmice. Embora deva confessar que é impossível fazer com que eles apreendam todo o conteúdo da disciplina em tão curto tempo, mas se percebe que alguma coisa foi assimilada, algo foi fixado. Um dado importante é que, através da Graduação Semipresencial, haverá maiores chances de uma qualidade na educação básica e, com isso, uma ampliação do conhecimento de mundo da população desses municípios.
Por se tratar de um método de ensino que se encontra nos primórdios, de algo novo entre nós, confesso que há obstáculos, existem ajustes a serem feitos, contudo, há muitos aspectos positivos que nos fazem crer que o Instituto UFC Virtual veio pra ficar e revolucionar a educação do interior cearense.

Abçs,

Terezinha Melo

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Reflexões!

Olá, tutores (as)!

Seguem umas reflexões. O que vocês acham delas? ;)

Excelente feriado para vocês!

Ana Keyla.

“A única indicação de que se sabe algo é a capacidade de ensinar”.
( Aristóteles)

“Ao ensinar, o professor também está aprendendo”. (Sêneca)

“A figura do professor é mais importante do que o que ele ensina”. (Karl Menninger)

“Pensar é o trabalho mais difícil que existe”. (Henry Ford)

“O coração do sábio torna a boca inteligente e os lábios, persuasivos”. (Provérbios 16:23)

“Ensinar é a arte de auxiliar a descobrir”. (Mark van Doren)

“O segredo da educação reside no respeito ao aluno”. (Ralph Waldo Emerson)


sábado, 12 de novembro de 2011

Aula_03: Paulo Freire

Olá a todos! Nessa aula_03 vamos rever Paulo Freire. e, navegando na internet, encontrei esse video: Paulo Freire - Filosofia da Educação em que o filosofo Paulo Ghiraldelli Jr, que conviveu com Freire questiona a  reportagem da Veja, que segundo o filosofo é de cunho pejorativo, pois tenta diminuir o valor da  contribuição do educador à Educação brasileira. Vejam:



Abraço,
Marilde Alves

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Tutor em EaD: escolha político-pedagógica

Quanto ao meu entendimento das potencialidades da EaD, acredito firmemente em seu papel estratégico na construção de um Brasil mais desenvolvido e justo. Ao observar a experiência de outras nações (e.g. Open University, Grã-Bretanha; UNED, Espanha), percebem-se as possibilidades transformadoras dessa modalidade educacional. Em um país continental como o Brasil, a EaD pode proporcionar educação pública, gratuita e de qualidade a cidadãos que, habitualmente, não teriam acesso a um curso superior, seja por morarem em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos, seja por não possuírem condições financeiras para pagar um curso superior.

Nesse contexto, a parceria entre o programa Universidade Aberta do Brasil e a Universidade Federal do Ceará desempenha papel central na disseminação e na democratização do ensino superior em todo o estado do Ceará. Para que isso ocorra de fato, a estrutura montada por essa parceria necessita funcionar harmoniosamente. Ou seja, todos os participantes envolvidos nas atividades da UAB/UFC precisam ter plena consciência do relevante papel que cada um desempenha – seja discente, seja docente, seja técnico-administrativo – na consecução dessas metas.

Para mim, participar desse projeto como professor tutor é extremamente gratificante: enriquece minha experiência profissional; possibilita-me exercer papel político ativo na transformação da realidade brasileira; amplia, desenvolve e humaniza minha visão de mundo.

É por isso que exercer a função de tutor a distância no estado do Ceará – unidade da federação historicamente marcada pela injusta divisão de renda entre a sua população – investe-se também de uma postura político-pedagógica que: a) vai de encontro à ignorância e insensibilidade dos grupos sociais mais conservadores, historicamente contrários a mudanças estruturais e b) fomenta a formação de cidadãos competentes, lúcidos, sensíveis e críticos, que ajudarão na construção de uma nova sociedade, mais digna e equânime.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Primeira experiência como tutora

Olá a todos,
Aproveito este espaço para contar para vocês como foi minha primeira atuação como tutora do ensino semi presencial. Esta ocorreu em abril de 2009, na ocasião, fazia mestrado e fui convidada pela professora Mônica Cavalcante, minha orientadora, a fazer parte de seu grupo para a disciplina: Língua Portuguesa: Texto e discurso. Através de sorteio, fui enviada para o polo de Aracati. Fiquei cheia de dúvidas referentes à viagem, hospedagem, prestação de contas e alimentação, mas tudo foi se resolvendo aos poucos. No polo, fui bem recebida pelos tutores e pelos alunos. Foi uma turma muito boa, me ensinaram muito sobre o ensino a distância, um mundo, até então, desconhecido por mim. Os alunos também estavam aprendendo a conviver com essa modalidade de ensino, por isso, a troca se deu de forma tão espontânea. Desde então, vejo o ensino a distância como uma ótima oportunidade de crescer profissionalmente.

Um abraço,
Suele Alves

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Reflexões!

Reflexões:

“O poder dos professores é eterno. Não é possível dizer onde termina sua influência”. (Henry Adams)

“Peço-lhe que pare de ficar se desculpando por ter a profissão mais importante do mundo”. (William G. Carr)

“Ao identificar-se com as esperanças, os sonhos, os medos e os desejos dos outros é que você os compreende e ajuda”. (Wilfred A. Peterson)

“Ler torna um homem completo, ensinar lhe dá preparo e escrever o torna consciente”. (Francis Bacon)
 

Abraços!

Ana Keyla.

Tópico 4 - Vida de professor

Olá a todos,

Existem muitas pessoas em situações semelhantes à da Vanessa. No meu caso, semelhante a personagem citada, faço doutorado, tenho dois filhos, sou casada, sou professora em 200hs mensais, sou tutora UAB, faço este curso de formação continuada, tenho parentes que adoram churrasco e feijoada, muitas vezes, feitos por mim, vou à Igreja aos domingos, vou à reuniões na escola de meu filho mais velho, almoço com amigos e estudo muuuuito. Ah, e no momento, estou tentando emagrecer... O importante é que, em cada um destes momentos, estou aprendendo como pessoa e levo essa bagagem para meus alunos. Não sei se por isso, mas tenho bons relacionamentos com eles, acho que, além de professores, somos seres humanos, assim como os alunos.

Acredito que temos que dar qualidade a cada atividade que realizamos, temos que priorizar nossas principais necessidades. Pois é essa é nossa vida, cheia de afazeres domésticos e profissionais. Eu, por exemplo, enquanto posto este comentário, estou com minha filha pequena chorando pra ficar no meu colo. O que não devemos, nem podemos fazer é realizar uma atividade pensando em outra, ou estar numa reunião corrigindo portfólios, isso nos leva a não fazer nenhuma das tarefas como deveríamos. Tenho muitas tarefas em meu dia, mas tento fazer uma coisa de cada vez. Quando estou em minha sala de aula, sou a professora, quando estou nas aulas do doutorado, sou a aluna, quando estou em casa sou mãe e doméstica, em casa, ainda, tenho que, depois das 23hs, dar conta das disciplinas da UAB, alternados a momentos de leitura, hora do mingau e possíveis choros durante a madrugada. Esforço-me para dar qualidade em tudo que faço, quando canso, me entrego, também não fico dando uma de forte, não quero ser algo que não sou e deixo isso claro. Porém, quando encontro um tempinho, duuuuuuurmo pra repor as noites mal dormidas, às vezes, as viagens para outros municípios são esses momentos.

Abraço,

Suele Alves

domingo, 6 de novembro de 2011

Poema!


 Olá, tutores (as)!

Segue um poema! :-)

Abraços,
Ana Keyla.


Aproveitar o Tempo  

(Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterônimo de Fernando Pessoa)

Aproveitar o tempo!
Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
Aproveitar o tempo!
Nenhum dia sem linha...
O trabalho honesto e superior...
O trabalho à Virgílio, à Mílton...
Mas é tão difícil ser honesto ou superior!
É tão pouco provável ser Milton ou ser Virgílio!

Aproveitar o tempo!
Tirar da alma os bocados precisos - nem mais nem menos -
Para com eles juntar os cubos ajustados
Que fazem gravuras certas na história
(E estão certas também do lado de baixo que se não vê)...
Pôr as sensações em castelo de cartas, pobre China dos serões,
E os pensamentos em dominó, igual contra igual,
E a vontade em carambola difícil.
Imagens de jogos ou de paciências ou de passatempos -
Imagens da vida, imagens das vidas. Imagens da Vida.

Verbalismo...
Sim, verbalismo...
Aproveitar o tempo!
Não ter um minuto que o exame de consciência desconheça...
Não ter um acto indefinido nem factício...
Não ter um movimento desconforme com propósitos...
Boas maneiras da alma...
Elegância de persistir...

Aproveitar o tempo!
Meu coração está cansado como mendigo verdadeiro.
Meu cérebro está pronto como um fardo posto ao canto.
Meu canto (verbalismo!) está tal como está e é triste.
Aproveitar o tempo!
Desde que comecei a escrever passaram cinco minutos.
Aproveitei-os ou não?
Se não sei se os aproveitei, que saberei de outros minutos?!

(Passageira que viajaras tantas vezes no mesmo compartimento comigo
No comboio suburbano,
Chegaste a interessar-te por mim?
Aproveitei o tempo olhando para ti?
Qual foi o ritmo do nosso sossego no comboio andante?
Qual foi o entendimento que não chegámos a ter?
Qual foi a vida que houve nisto? Que foi isto a vida?)

Aproveitar o tempo!
Ah, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!...
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.