segunda-feira, 26 de setembro de 2011

o tutor e o carpinteiro: ações





Sou Marilde Alves ( prazer em conhecê-los) . Fiz a graduação (Letras-Italiano)  e pós-graduação (mestrado em Literatura) pela UFC. Ministro aulas pela UFC Virtual desde 2008, como informado em postagem anterior.

Quando sei que vou estar a frente de uma disciplina procuro rever o conteúdo. E se já ministrei o mesmo procuro analisar o que poderia ser melhorado. Após esse primeiro passo, começo organizar a apresentação, normalmente por meio de slides. Também procuro organizar uma atividade de fixação do conteúdo.

Quando o ambiente solar ‘abre’ para as aulas, envio uma mensagem de boas vindas a turma. Também envio uma mensagem ao tutor presencial reforçando o pedido de material que irei utilizar no primeiro encontro (é sempre bom!).

No encontro, procuro chegar antes da aula par ame apresentar ao coordenar (caso não o conheça) ou saudar (caso já tenha ido ao pólo) e, o mesmo para o tutor presencial. Procuro saber qual sala foi destinada a disciplina e organizar o aparato tecnológico, para, evidentemente, evitar perda de tempo e surpresas (às vezes não dá certo, o que fazer!?)

Inicio o encontro com a apresentação tanto minha quanto dos alunos para nos conhecemos, depois apresento a disciplina (carga horária, atividades, prazos e avaliação). Depois inicio a apresentação dos conteúdos, sempre tentando envolver o aluno na discussão. Durante o acompanhamento online, procuro enviar mensagens aos alunos lembrando-os dos prazos, das atividades, do fórum, muitas vezes do que foi combinado no primeiro encontro. Quanto ao fórum, quando possível, o acesso diariamente. Acredito que isso faz o aluno me sentir mais próxima.

Essas ações não estão muito distantes (acredito) do que se prega no curso de formação inicial de tutores:  

(1) De preferência deve participar do planejamento da disciplina

(2) O tutor tem a função de mediar a interface com o aluno, acompanhando-o nas atividades a distancia

(3) Nos encontro presencias deve deslocar-se ao pólo

(4) Executa as metodologias de avaliação

(5) Aplica e corrige as provas


Das cinco funções apenas a primeira é problemática, pois, na prática, nem sempre participamos do planejamento da disciplina, que nos chega já organizada. Porém, como teremos o contato mais direto com o aluno, acredito que deveríamos participar dele. Além desse trabalho em equipe, o tutor deve desenvolver a capacidade comunicativa  e constante a constate atualização de seus conhecimentos. Sobre a habilidade de comunicação o referido curso diz


Um dos desafios da ação tutorial é a forma como é feito o contato aluno-tutor. Na maioria das vezes, a comunicação se dá através da tecnologia (aulas a distância, mensagens, chat etc.). Assim, para saber se o estudante está acompanhando o curso satisfatoriamente, o tutor precisará ter iniciativa para comunicar-se com ele usando os recursos à sua disposição. Neste caso, é preciso ter sensibilidade para entender os diferentes estilos de aprendizagem que emergem em um curso a distância. Alguns estudantes tomam a iniciativa de contatar o tutor e os outros colegas; outros aguardam o incentivo de alguém para se manifestarem. Mas há ainda aqueles que se isolam completamente das discussões, tornando-se facilmente desmotivados. Sabe-se, porém, que a ação tutorial, na maioria das vezes, pode reverter situações de desistência ou abandono do curso. 

Essa comunicação às vezes é difícil, pois, como fala o texto, se alguns alunos procuram o tutor, outros (em alguns casos, a maioria) fazem apenas o necessário: enviam os portfólios e acessam o fórum (no último dia e hora). E, sabemos que essa comunicação serve para mediar os conteúdos, colaborando com os alunos em sua aprendizagem de modo critico, fugindo do velho sistema das ‘respostas prontas’, de maneira a incentivar o aluno a se posicionar - de forma critica - nos fóruns, nos portfólios, nos encontros presencias, para em conjunto crescer tanto o tutor quanto o aluno. Acredito que de todas as funções que o tutor exerce as que mais atingem ao aluno, positiva ou negativamente, são: mediar aprendizagem e motivar.

O que nos leva ao vídeo ‘o carpinteiro’. Nele, o homem, há cansado e desejoso de sua aposentadoria, não se preocupa com a ‘qualidade’ de seu trabalho e, sem o saber, constrói uma casa simples - na verdade feia - que se tornaria sua. O mesmo ocorre conosco, mesmo cansados, às vezes desmotivados com a lentidão das mudanças não podemos ‘construir’ uma casa feia e simples, apenas porque não vamos morar nela. Ela é  resultado do nosso esforço. Mesmo que tenhamos sido ‘bons carpinteiros’ durante um dia ou um ano ou uma vida. Se vamos ‘construir’ novamente, nem que seja pela ultima vez, devemos fazer com entusiasmo, dedicação, pois ‘alguém’ irá habitar essa casa.   

2 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.